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domingo, 20 de novembro de 2011

Guarda Vermelha

      O movimento de massas de Mao na Revolução Cultural era formado basicamente pela juventude estudantil, um imbróglio bem diferente das massas populares que havia sido ativadas na coletivização da agricultura.
        Qualquer que tivesse sido a intenção romântica de Mao, a Guarda Vermelha voltou-se para atividades destrutivas criando um regime brutal de terror, invadindo as residências dos ricos, dos intelectuais e dos funcionários, destruindo livros,humilhando, agredindo, e até matando os seu ocupantes e clamando sempre estar apoiando o ataque revolucionário.
      Na obra "Em busca da China Moderna, o autor nos coloca que:
       "Os jovens precisavam de pouco estímulo para se levantar contra seus pais, professores, quadros partidários e os mais velhos e para executarem incontáveis atos de sadismo calculado. Durante anos haviam sido convocados a levar uma vida de sacrifício revolucionário e obediência absoluta ao Estado, sob condições de controle perpétuo. Sentiam-se irados, pois eram conscientes de sua condição. Assim, aceitaram avidamente a ordem de eliminar toda a restrição , e os alvos naturais eram aqueles que pareciam responsáveis por suas vidas constrangidas." (p.571)
     Além disso a violência poderia ser explicada ao encarar-se a natureza da política chinesa e da manipulação pessoal nos últimos 17 anos. Os chineses estavam enredados num sistema que controlava as pessoas atribuíndo-lhes rótulos de classe e colocando-os como dependentes de "chefes" de suas unidades específicas e habituando-se às campanhas maçiças de terror e intimidação. "Um sistema que provocava medo e submissão" .
      Em 1968 Mao dissolveu a Guarda Vermelha, que segundo ele tinha falhado na sua missão, e ordenou que formasse comitês revolucionários em todas as províncias. Os ativistas que agora ocupavam o lugar da Guarda Vermelha eram chamados de Rebeldes Revolucionários, porém suas depredações eram igualmente cruéis e alarmantes.
     O Clímax da revolução Cultural ocorreu no IX Congresso do Partido em abril de 1969. Lin Biao fez o relatório político. A nova constituição do partido adotada para suplantar a de 1956, enfatiza o pensamento de Mao e a luta de classes.
      As Relações Internacionais da China durante a Revolução Cultural foram atingidas pelo mesmo fanatismo que a política interna. Voltava-se contra os antigos costumes, o estrangeirismo, o antiintelectualismo foi acompanhado pela xenofobia.
    A violência dos ataques da Guarda vermelha prejudicou a área internacional da República Popular da China, sobretudo depois que ocupou o Ministério do Exterior em junho de 1967. Invadiram as embaixada soviética e da Indonésia, além de  incendiarem a britânica, assim ocasionou uma mudança significativa nas relações com os Estados Unidos e a União Soviética.

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